Dou a minha alma a quem não recordar alguma das suas fases com o pensamento:"Que ridículo(a) que eu era!" Quem é que não se lembra dos tamagotchis, dos Nokia 3310, das calças da resina e da fubu? Qual é o rapaz de 10\13 anos que nunca teve uma paixoneta por uma prima ou algum familiar próximo? Qual é a rapariga que nunca desejou ter um surfista loiro enrolado nos braços dela? Todos nós já idolatramos algo que hoje, simplesmente, nos passa ao lado.
A maioria de nós já tivemos uma admiração pelo estilo dread ao que depois passou para beto, e até mesmo do estilo gótico que mais tarde foi substituído pelo retro. Pois é, em toda a nossa vida tivemos mudanças de extremos, mesmo que não tenhamos dando conta por elas.
Eu, Edgar Alves, tal como todos os humano passei por enormes mudanças. Mudanças essas que foram visíveis aos olhos de todos amigos, familiares e conhecidos.
"Passaste, do dia para a noite, da pessoa mais fraca, que eu conhecia, à mais forte que conheço neste momento."
Esta, era a frase dita por todos eles. Depois de muitas lágrimas e muitos sentimentos rebaixados e destruídos, houve indubitavelmente, uma necessidade extrema de me assegurar num Mundo em que até os mais fracos vivem.
Primeiro passo baseou-se em dedicar-me às redes sociais como hi5, facebook, entre outras de conhecimento comum. Mandar um comentário a esta, responder à aquela, troca de e-mails e mais tarde de números ao qual dá como resultado um aumento, significativo, da lista de contactos telefónica e uma auto-estima quase no topo devido aos elogios (verdadeiros ou por mera simpatia) de todo "bate -coro" que por ali se presenciava. É verídico, as redes sociais ainda são capazes de ajudar muita gente, apesar de ser dos poucos capaz de admitir.
Segundo, grande, passo foi a enorme mudança de imagem. All star's, calças largas, T-shirts básicas e cabelo exageradamente assapado e comprido deixou de fazer parte da minha vida. Todo aquele Edgar foi substituído por sapatilhas vistosas da Nike, T-shirts cheias de estampados, calças largas em cima e estreitas em baixo, um pouco de base e pó bronzeador e sem esquecer de um cabelo cheio de volume provocado por secador e gel de efeito molhado.
Após estas mudanças, Edgar Alves já não passava por despercebido. Deixa de ser o pobre coitado, que sofria exaustivamente por amores não correspondidos, e tornou-se no "cabrão" que todas as pitas, pegas, e algumas, muito poucas, miúdas em condições conheciam.
Dia após dia o "sucesso" e a "fama" faziam parte da sua existência e finalmente sentia-se capaz de conquistar quem desejava. Sem compromissos sérios levou a vida a "cagar" para as preocupações, nunca vendo grande problema no que acontecia e só espera que o dia de amanha fosse melhor que o de hoje, e pior do que o depois de amanhã.
Foi cabrão, foi estúpido, foi conquistador, foi exuberante e indestrutível mesmo sendo alvo de muitas críticas e boatos.
Deixa de ser o rapaz que tinha crescido demasiado cedo, e transforma-se num típico jovem de 16\17 anos que poderia ter parte do mundo na sua mão. Hoje, com 18 anos fui conquistado, passei de menos exuberante a mais discreto e continuo a ter presença que sempre desejei mas de uma forma menos chocante e mais adequada. Sinceramente, pergunto-me qual das fases é que prefiro. Não sei se estar a reviver certos aspectos da minha adolescência com 15 anos é melhor do que do que ser o cabrão que fui com 17.
Estou preso a tudo que tenho, e a tudo que eventualmente poderei perder. Não aconselho a nenhum de vós ser a puta da escola, mas a verdade é que um pouco de jogo sujo é que traz o divertimento e a adrenalina à nossa vida.
Posso não ter usado os termos nem a pontuação mais correcta, mas este post não é para ser bonito nem para ter palavras caras. É apenas um historial real , e espero que finalmente consigam retirar algo dela. Não vou chorar, mas tudo que escrevi é pura realidade e completamente ridículo. Tenho dito!