25 de maio de 2010

Amanhã poderá, muito bem, ser o dia!

Irei Morrer de Overdose em apenas três segundos!
Era uma vez, meus caros!

17 de maio de 2010

Não é oito nem oitenta

Observo a minha sombra e até nela vejo os meus defeitos. Na simples mancha preta com os traços do meu corpo é possivel ver o defeito mais insignificante que poderei ter. Nunca imaginei-me no topo do mundo, mas também nunca desejei ser um simples e mero cidadão deste mesmo. Não quero sentir-me superior aos outros, não é isso, mas sempre desejei ser mais do que realmente sou. Desde a minha infância que sonho ver o meu rosto nas capas das revistas e em "spots" publicitários. Sempre ambicionei ser reconhecido pela minha pessoa mas também pela minha beleza. Não me imagino em Hollywood a ser desejado por tudo e por todos mas sempre lutei para sair da na minha pequena e tradicional freguesia.
Envergonho-me de o dizer, mas sempre invejei a beleza dos outros e o sucesso dos que possuem uma cara bonita e um corpo atraente. Gostava de olhar-me ao espelho e de ver  também uma cara com os traços bem definidos sem qualquer imperfeição e um corpo não tão magro e mais tonificado. Pode ser ridículo, mas mais 5 centímetros de altura eram o suficiente para sentir mais setenta e cinco por cento de felicidade. A vida é injusta!

Espero pelo dia em que uma criança diga: "Eu quero ser como o Edgar Alves".

11 de maio de 2010

Efeito Secundário.

Estava exausto e mal me aguentava de pé. Tinha a sensação que os olhos ardiam como se estivessem em contacto com o fogo, que os braços pesavam mais do que todo o corpo e que as  minhas pernas se arrastavam como uma cobra. Todos estes sintomas eram efeito secundário de cinco noites mal dormidas, e de seis dias sem descanso. Mas aquela noite seria diferente, podia não dormir nem descansar, tal como todas as anteriores, mas pelo menos estaria contigo. Recordo-me que prometi voltar abraçar-te da forma que tu amas, à qual descreves como a melhor coisa do mundo em que aparentemente tudo se destrói à nossa volta. E depois de tanto anseio para estar contigo, confessado ao meus heterónimos, lá estávamos nós, sentados um ao lado do outro, no meio do nevoeiro, esperando pelo meio de transporte para casa.
-"Amor tens frio?"
-"Não, porquê?"
-"Por nada mas Amo-te muito Amorsinho lindo."
Naquele preciso momento sorri, e preferi olhar-te nos olhos do que dizer "eu também." Em certas alturas, eu também tenho problemas de expressão, sabias? 
E já agora, ser feliz não é o efeito secundário de te amar, é indubitavelmente o principal!