23 de abril de 2011
19 de abril de 2011
17 de abril de 2011
"-Não estava a dormir. Estava apenas deitada na cama, de olhos fechados, a imaginar nós os dois todos cegos, sempre a mandar shots de tequila, com a sala cheia de sal e limão. Tu não imaginas nada antes de adormeceres?"
"-Muito. Conversas imaginárias principalmente. Frases que gostaria ter dito, ou imaginar o que diria caso alguém perguntasse ou respondesse aquilo"
Hoje não vou imaginar nada, mas vou agradecer por sermos o que somos. Amo-te do fundo do coração Maria.
16 de abril de 2011
15 de abril de 2011
Tempo... Einsten, o célebre, disse que "o agora" não existe, tal como o passado, o presente, e o futuro. Os físicos acham que se viajássemos à velocidade da luz o tempo desapareceria, mas (in)felizmente, sem alternativa de escolha, sofremos um processo de fonte natural e inevitável, ao qual designamos por envelhecer. As nossas células deterioram-se e transformam-se em aberrações pequenas e sem forma, originando no exterior um aspecto visível de pele descaída e de músculos atrofiados.
Estarei longe de contradizer que em pleno século xxi não presenciamos diariamente uma violenta evolução tecnológica, contudo, ainda não é da criação do homem, ou de outra espécie reconhecida, a ambiciosa e mítica máquina do tempo que nos permita recuar e voltar a ter o aspecto já alcançado em anos anteriores. Com tantos sonhos e ambições que vagueiam pelas desloucadas e inquietas mentes humanas, liberto todos pensamentos e ideias ao interrogar-me o que seria o ser humano sem o registo permanente das suas vivências.
Afiguro-me envelhecido, sem forças nas pernas e com dificuldades na fala, possivelmente, com os óculos afundados nas olheiras de cansaço e nas rugas de expressão fruto de um final de vida emocionalmente rica.
"-Sabes aquela marca inestética que tenho no joelho esquerdo, mesmo por baixo do tendão e acima da patela? Foi em criança, em pleno dia de primavera. Os campos já estavam carregados de margaridas e o verde da relva estendia-se por toda a planície alcançável pelos meus olhos. E ao correr, de calções curtos amarelos às riscas brancas, tropecei. Em adolescente, envergonhava-me daquela dispensável mancha, e hoje... hoje, considero-a um sinal de uma infância feliz. E mesmo que o Einsten tenha razão com a sua teoria, eu farei do meu passado a aprendizagem do meu presente e o propósito de uma luta constante por um belo futuro."
Subscrever:
Mensagens (Atom)